A transmissão do debate Folha/UOL está encerrada. Agrademos a contribuição e a audiência dos internautas e até a próxima!
Fernando Rodrigues gostaria que o debate fosse ainda mais aberto. "Mas foi o mais aberto possível de ser feito. Os próximos certamente serão melhores, porque os candidatos terão que ceder às vontades do eleitor", explicou.
Um dos jornalistas que participaram diretamente do debate, Rodrigo Flores, gerente de notícias do UOL, comenta: "O debate foi excelente, o clima foi de confronto, que é o que interessa. As perguntas do internauta foram o diferencial. Eles deram um show. Foram perguntas objetivas, fizeram perguntas pertinentes, e os candidatos tiveram que rebolar para responder. Essa foi a grande marca do debate."
Eliane Cantanhêde avalia o debate como ótimo e diz que foi o melhor realizado em todo o período eleitoral. "Formato bom, perguntas boas, confronto direto, não foi nada engessado, do ponto de vista de aproveitamento foi excelente. Para mim, o melhor momento de Serra foi o primeiro bloco, quando cutucou a Dilma de o PT ter de sempre entrar na Justiça contra os projetos, isso no período FHC, a mania do PT de ser sempre do contra, e a Dilma ficou sem equilíbrio. No caso da Dilma, o destaque foi a pergunta sobre o câncer, para tirar esta mítica negativa da doença. A Marina teve sorte de encerrar o debate e aproveitou muito bem com seu discurso emocional, falando da história dela. A marca política foi a guinada de Marina Silva, quando estava vindo numa aliança com José Serra e bateu muito mais nele do que na petista.''
Após o debate, Fernando Barros e Silva, colunista da Folha, avalia que o evento foi muito positivo. ''Tivemos um grau de enfrentamento, de exposição e até de sinceridade inédito. Na televisão, a gente sabe que as coisas são mais planejadas, mais frias, mais protegidas. O debate possibilitou um enfrentamento direto. Eu duvido que os debates da TV vão ter esse enfrentamento que a gente viu aqui. A Marina claramente está disputando votos com o Serra. Essa foi a primeira vez que isso ficou claro nessa campanha. As campanhas estão muito protegidas na televisão. Ocasiões como essa infelizmente ainda são raras. Daqui para a frente, a Marina deu sinais que vai disputar votos com o Serra. Isso é uma coisa que a gente tem que prestar atenção daqui para a frente.''
Para Clóvis Rossi, é difícil realizar um debate com essa camisa de força imposta pelas assessorias dos candidatos. "As regras não são culpa do UOL e nem da Folha, mas aqui no Brasil, as regras como são feitas, impedem o verdadeiro debate."
Agora, jornalistas avaliam o debate. Valdo Cruz, da Folha, diz que houve tabelinha entre Marina e Dilma na primeira fase do debate, acuando José Serra. ''Você via ele balançando a cabeça negativamente em relação à tabelinha. A candidata Dilma Rousseff teve um desempenho muito melhor do que no debate da Band. Ela evitou errar, nesse debate. Para quem está na frente, isso é essencial. O Serra foi um pouco mais agressivo, mas achei que ele iria um tom acima. A Marina Silva partiu para cima do Serra. Por mais de uma vez ela cutucou o Serra. Ela vai tentar roubar votos não da Dilma, não do Serra. As perguntas dos internautas foram muito boas.''
Para Fernando Rodrigues, mediador do debate, foi um encontro histórico e importantíssimo. "Foi um sucesso, não só teve muita audiência, mas também os candidatos estavam se enfrentando de maneira mais aberta. Houve uma troca de ideias mais concreta. UOL e Folha estão de parabéns por serem responsáveis por esta iniciativa inédita na internet."
A candidata Marina Silva, do PV, faz considerações após o encerramento do debate. "Eu avalio como um espaço fundamental para a democracia. Cada candidato pode falar de sua visão de mundo. Do cuidado com o meio ambiente, da vida das pessoas que hoje têm imensos desafios pela frente." Sobre a oposição, ela disse que "deve ser feita com responsabilidade, sabendo o tamanho que o Brasil tem''. ''Você deve estar aqui sem ser oposição pela oposição, nem situação pela situação. A oposição tenta jogar fora tudo aquilo que não foi feito pelo seu grupo. E a situação começa a ser complacente e não ver os erros. É por isso que o Brasil precisa de uma transição."
Dilma, ao final do debate, avalia: "Gostei muito do debate pela internet. Eu tenho uma trajetória de incentivo a expansão da internet, que ainda é muito cara no país. Vamos procurar baratear o serviço e procurar que ela tenha imensa oportunidade de colaborar com o país. O ponto alto do debate foi a interatividade. Sobre a polêmica do Enem, eu não concordo com ela. O vazamento será investigado e será punido. Com o Enem nós melhoramos ao estabelecer o processo de avaliação que o Brasil passou a ter, algumas coisas vem de antes, sem dúvida, mas no governa Lula foi implementado. Eleição a gente ganha no dia 3 de outubro e não antecipadamente. Só ganha no dia 3 e aí a gente vai sempre procurar debates deste tipo para que as pessoas se esclareçam e tomem uma posição."
Após o debate, o candidato José Serra diz que pôde expor, pelo menos, uma parte das ideias. Serra comenta que teve mais tempo para fazer perguntas, para falar. ''Eu apreciei bastante. Espero que as pessoas tenham apreciado meu desempenho. Eu achei interessantíssimo, com perguntas, em sua maioria, pertinentes, e perguntas que são feitas, de fato, pela população. Acho que as perguntas foram bem escolhidas.''
18'
O debate Folha/UOL está encerrado. Obrigado.
17'
Marina Silva, em suas considerações finais no debate Folha/UOL, agradeceu e cumprimentou o UOL e a Folha. "É motivo de grande orgulho estar aqui como candidata. Quero marcar uma diferença nesse cenário. O século 21 coloca novos desafios para a humanidade. O Brasil reúne as melhores condições para fazer frente em relação a isso. Precisamos de uma visão estratégica, ficar fazendo farofa de números, não discutir as necessidades, não farei isso. A saúde é prioridade. As mulheres ficam horas na filha. Eu estou aqui para uma convocação mobilizadora. Estou aqui para convocar o Brasil, vamos mudar a lógica do plebiscito, se esquecer aquilo que é importante para o Brasil A educação faz milagre na vida das pessoas eu sou o milagre da educação, eu quero isso para todos os brasileiros. Para os meninos que eu vi nas favelas não sejam condenados pela criminalidade, vamos fazer em quatro anos pela educação o que não foi feito em 50. O que nós precismaos é sair da lógico do fazer para as pessoas e fazer com as pessoas. Elegendo a mulher para ser presidente do Brasil para ajudar a cuidar do Brasil e não para infantilizar.'' Mais
14'
O candidato do PSDB, José Serra, faz suas considerações finais: ''Tive muito prazer em participar de um debate na internet. É o primeiro que nós temos. Esse é um instrumento poderoso. Eu aprendi muito nesses últimos anos nessa matéria, inclusive no Twitter. A internet hoje tem uma vida e precisa ter uma vida maior. A banda larga está muito atrasada, e eu vou acelerar isso, com objetivos muito mais ambiciosos que esse governo apresentou e demorou 8 anos. Uma das primeiras coisas que eu vou fazer é turbinar esse projeto da banda larga. Em relação a essa disputa, eu espero que possamos ter mais debates, mais encontros, mais comparações. Meu estilo é conhecido. É um estilo de governo aberto. Eu governo para o interesse público, não para partidos, não para amigos. Não passo a mão na cabeça. O José Dirceu é considerado pelo Ministério Público como o chefe do mensalão e tem um papel muito importante na campanha da Dilma. Meu trabalho vai estar concentrado na abertura de oportunidades para a juventude. Através do combate ao crack, à droga. E abrir caminho para que os jovens e as famílias possam prosperar. Não só vou reforçar mas vou incentivar que os jovens do Bolsa Família possam progredir. E é isso que eu quero para todo o país.'' Mais
10'
Dilma diz, em suas considerações finais, que agradece ao UOL, Folha, jornalistas, convidados, candidatos e a todos os que acompanharam o debate. "Quero dizer que este é mais um debate nesta caminhada da campanha eleitoral. Existem visões diferentes sobre o Brasil e sobre seu futuro. A nossa proposta é um caminho que indica a continuidade e um avanço. Mais emprego, mais oportunidade, mais renda, que são coisas que o Brasil precisa. Nosso governo mudou o Brasil em 7 anos e meio. Precisamos que o país continue nesse caminho. Precisamos melhorar a desigualdade, a segurança, a educação, formar grandes pesquisadores. A internet nesse quadro de inovação tem papel fundamental. O projeto de ampliar o acesso a banda larga no país tem que crescer. Queremos fazer uma nação brasileira forte. Feita por nós, por nossas mãos. Precisamos de uma nação, sociedade e economia bem sucedida. Temos que elevar a população carente às classes médias. São, agora, brasileiros muito mais confiantes no futuro. Não peço apenas o seu voto, mas a sua participação para fazer um Brasil ainda melhor do que Lula fez. Eu quero ser a primeira mulher presente desse país.'' Mais
9'
Dilma Rousseff responde a Rodrigo Flores: ''Essa questão é muito interessante. Assim como eu, milhões de brasileiros e brasileiras passaram por esse processo. Eu tive uma oportunidade fantástica. As pessoas se aproximaram de mim, para me dar um terço, uma oração. O cânder é uma doença curável, principalmente quando ele é detectado no início. Hoje, nós temos que acabar com esse preconceito que cerca essa doença, que é o preconceito que a pessoa passa o tempo todo cheia de remédio. Você faz o acompanhamento de saúde que é pedido no protocolo. Fui cercada de cuidados e me deram esses protocolos, que eu cumpri. Eu me considero totalmente reestabelecida. Enfrentar uma campanha presidencial, de fato, a gente escala todo dia o Everest. Essa é uma doença que a gente não pode ter preconceito. É uma doença curável. Se fizerem tratamento preventivo e descobrirem cedo, vão gozar de plena saúde.''
8'
Rodrigo Flores pergunta para Dilma: ''Sobre saúde, eu queria saber como anda a saúde da mulher que pode ser eleita a presidente do Brasil em outubro, aliás a primeira mulher presidente. A senhora passou por um câncer no ano passado, passou por um período de tratamento, ficou internada. Como tem sido a sua rotina agora? O que os médicos recomendam? A senhora está tomando remédios? Como vem sendo o seu tratamento?''
7'
A candidata Marina Silva responde a Renata Lo Prete: ''Segundo turno a gente discute no segundo turno. Obviamente eu tenho dito que a diferença nessas eleições é o projeto que eu estou representando. Nós estamos representando uma plataforma que apresenta as melhores diretrizes para saúde, educação e segurança. Nossa visão de desenvolvimento faz um diálogo entre economia e ecologia. Não encontro muita diferença entre o governador Serra e a ministra Dilma. Ambos são bons gerentes. Ambos são muito bons na esgrima. Mas não foram capazes de atualizar seus pensamentos. Segundo turno eu discuto no segundo turno. A única forma de sair do anonimato é eleger Marina Silva para presidência da República. O Brasil amadureceu. Estão querendo infantilizar os brasileiros.''
5'
Renata Lo Prete pergunta para Marina: ''A senhora sempre falou da influência de Lula na sua vida e na política. As pesquisas indicam que se houver segundo turno a senhora não deve estar nele. A pergunta é: se o presidente Lula lhe pedir, o seu apoio vai para a candidata Dilma Rousseff?''
4'
O candidato José Serra responde a Josias de Souza, colunista da Folha e do UOL: ''Em política, nem todos são iguais. Todo mundo me conhece há muitos anos. Estou na vida pública, com cargos, mandatos, há 27 anos. Eu não tenho compromisso nenhum com o erro. Mas os erros acontecem com todos, mas tem uma diferença: a maneira com que são tratados aqueles que cometem esses erros.Todos que estão me apoiando sabem que eu não vou fazer troca-troca de cargos. Não passo a mão na cabeça de quem faz atrocidades, como o ''dossiê dos aloprados'' contra mim. Não foi ninguém punido dentro do PT. No dossiê do Eduardo Jorge, ninguém foi punido. Com o Roberto Jefferson, tive relação como parlamentar e como ministro da Saúde. Foi ele, inclusive, quem denunciou o mensalão.''
1'
Josias de Souza pergunta para Serra: ''Há dois dias o senhor fez menção a Lula, sobre os 300 picaretas no Congresso, e que os picaretas estão ao lado dos seus oponentes. Seu vice em 2002 era do PMDB, que agora apoia Dilma. Agora o senhor tem apoio de Roberto Jefferson, do PTB. O senhor não acha que o fisiologismo na política é complexo e se não é difícil identificar quem está com quem nesta campanha? Em que o DEM e o PTB, que apoiam o senhor, diferem das legendas que apoiam Dilma?''